domingo, 23 de setembro de 2012

Círculos


“[...] o que falta pode apenas ser suprido através das deduções que nós fazemos no início a partir do tom e estrutura dos particulares e a partir do modo da progressão. Faz-se necessário certamente, assim, uma compreensão do todo [...] simplesmente através dos particulares; mas esta será necessariamente incompleta, se a memória não reteve os particulares e nós podemos, depois que o todo seja dado, retroceder aos elementos, para então compreendê-los mais precisa e completamente a partir do todo [...] toda primeira apreensão é apenas provisória e incompleta [...] nós precisamos seguidamente retornar do fim ao começo e, completando a apreensão, recomeçarmos de novo; quanto mais difícil é de apreender a articulação do todo, tanto mais se deve procurar seus traços a partir do particular; quanto mais o singular é denso e significativo, tanto mais se deve procurar apreendê-lo em todas as suas relações por meio do todo.”
FRIEDRICH SCHLEIERMACHER (Hermenêutica: Arte e técnica da interpretação)

“[...] como se quisesse ler e reler eternamente as passagens que escrevera, e me pergunto quantas significações não buscou, se tinha vontade, a cada uma delas, de retornar à vida [...] pode ser mais difícil apagar as margens que, paralelas, seguem tocando o curso. Mas não carece mirá-las. A cada passo teu, o caminho já é outro, mesmo as pegadas são outras, e assim será, quantas vezes trilhar.”
(P.C.)

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