Diotime indaga a Sócrates: “Não é preciso acrescentar que,
amando, desejam a posse do bem? [...] E não somente a posse, mas a posse
perpétua? [...] O amor é, em suma, o desejo de possuir perpetuamente o bem?” Qual
o ato que, tendendo à posse do bem, toma o nome de amor?
A resposta: “É a geração do belo, tanto no corpo, como no
espírito”. Explica: “geração e parturição garantem a imortalidade a todo ser
vivente e sujeito à morte”.
Aí o belo, rastro de outro desejo, da dor.
Ainda: o velho sempre jovem e o jovem já velho. Substituição
e mudança.
Quando foi que o tempo ganhou o processo? Eros lhe é devedor,
ou vítima?
Uma teogonia afinada com os preceitos da física
moderna faz coincidir a libertação de Chronos com o surgimento do espaço. A
separação de dois deuses: Urano sangrou, e Gaia deu à luz.
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